Wednesday, October 1, 2008

Encontro Arqueologia e Autarquias



























Organizado pela Câmara Municipal de Cascais e pela Associação Profissional de Arqueólogos, decorreu nos dias 25 a 27 de Setembro, no centro cultural de Cascais, o Encontro Arqueologia e Autarquias.
A equipa responsável pela elaboração da Carta Arqueológica de Sesimbra esteve presente neste evento, com um poster.




Monday, September 22, 2008

Da Arrábida ao Maciço Calcário Estremenho

O mais correcto entendimento dos fenómenos cársicos, tão intimamente associados a diferentes ocupações humanas ao longo dos tempos, tem vindo a promover, no âmbito do projecto de revisão da Carta Arqueológica de Sesimbra, uma aproximação entre a arqueologia e a espeleologia da Arrábida. Nesse sentido alguns de nós iniciámos, no passado dia 20 de Setembro, um curso de "Iniciação à Espeleologia", promovido pelo CEAE (Centro de Estudos e Actividades Especiais) da Liga para a Protecção da Natureza - http://www.lpn-espeleo.org/index.php?option=com_frontpage&Itemid=1.

Ficam aqui algumas fotos deste 1.º dia de formação no Algar do Pena em pleno Maciço Calcário Estremenho.

Wednesday, September 10, 2008

Paisagens mesolíticas






Fim-de-semana mesolítico

No sentido de identificar mais estações, eventualmente mesolíticas, intensificaram-se as prospecções em áreas litorais e linhas de água afluentes da bacia hidrográfica da Lagoa de Albufeira, sugestivos momentos que desafiam ao petisco mariscador.

Tuesday, August 12, 2008

Sesimbra arqueológica: uma nova imagem global

Os trabalhos realizados até agora, cerca de trinta dias, permitiram alguns avanços nas leituras das ocupações humanas do território de Sesimbra, cada vez mais rigorosas e abrangentes, do ponto de vista cronológico e espacial.
Numa primeira fase dos trabalhos deste ano, procedeu-se à georeferenciação de mais algumas cavidades naturais, utilizando o GPS, e, simultaneamente, procurando obter elementos que permitam, na medida do possível, clarificar as cronologias das suas utilizações antrópicas.
A interpretação da paisagem, tendo em conta as estratégias testadas em 2007, voltou a revelar-se a melhor estratégia para a organização dos trabalhos de campo deste ano.
Como era de esperar, no entanto, as prospecções nos limites e dentro dos centros urbanos, evidenciaram resultados muito díspares, tendo havido localidades com um número considerável de vestígios arqueológicos (como Alfarim) e outras, verdadeiros desertos (Quinta do Conde), confirmando áreas preferenciais de ocupação e vazios arqueológicos virtuais.
Em paralelo com os trabalhos de campo, procedeu-se mais uma vez ao tratamento de todos os materiais recolhidos no campo e à sua cartografia informatizada (SIG).
Em termos gerais, a Carta Arqueológica de Sesimbra apresenta, neste momento, um número de sítios que ultrapassa os 250, estando a equipa a definir áreas mais sensíveis e a hierarquizar, com diferentes parâmetros, os sítios arqueológicos listados, tendo em vista a sua inclusão no PDM, que se encontra em fase de revisão.
Os trabalhos realizados até ao momento continuam a revelar uma ocupação do território de Sesimbra, em praticamente todas as épocas, cobrindo substancialmente algumas lacunas detectadas à partida e revalorizando algumas fases, inicialmente muito vestigiais.
Este ano, destacamos a identificação do povoamento da Idade do Bronze, pela contribuição que aduziu para a interpretação da necrópole da Roça do Casal do Meio, um dos sítios mais emblemáticos conhecidos no concelho, assim como dos achados da Pedreira que apareciam sem contexto aparente.
Também a notável ocupação em gruta, no período islâmico, com uma eventual associação aos rabit - questão há muito colocada nos meios científicos, mas parca nas evidências arqueológicas - começou a ganhar nova entidade.
Por último, destaca-se a presença de evidências claras dos últimos caçadores-recolectores mesolíticos, no espaço sesimbrense (em particular, na área da Lagoa de Albufeira), presença que tinha já sido postulada nos trabalhos antigos, mas nunca tinha passado do limbo das hipóteses; este fenómeno começou a ser confirmado na campanha de 2007 e foi confirmado, com novos dados, neste ano.












Friday, August 8, 2008

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Expedição náutica no Hiate de Setúbal – Setúbal/Sesimbra/Setúbal – 27 de Julho de 2008

O Hiate de Setúbal, embarcação tradicional do estuário do Sado, recuperou uma viagem levada a cabo desde tempos imemoriais entre o porto de Setúbal, situado na foz estuarina do rio Sado, aos pés da serra de São Luís e da Serra da Arrábida, e o porto de Sesimbra, uma baía natural "enclavada" na vertente Sul da Arrábida. A embarcação foi tripulada por um heterogéneo grupo que a Arrábida reuniu: homens e mulheres, crianças e mais velhos, arqueólogos e espeleólogos, pexitos e xarrocos (e caga-leites), pescadores e camponeses, uma miscelânea de marinheiros sob o mesmo pavilhão – a Arqueologia. Para além de mais uma inesquecível aventura, esta experiência pretendeu revelar uma diferente perspectiva do monumento geológico que constitui a serra da Arrábida, uma observação apartir do Sado e do Atlântico, essencial para uma completa compreensão desta pérola natural que desde sempre tem marcado a existência humana.
Barra do Sado (baliza n.º 3)
Entre o Sado e o AtlânticoPrestáveis grumetes a içar a carangueija grandeAlmiranta no comando... Pexitos enjoados...
Quem quer faz, quem não quer manda...
À falta de rum...
Afinando a vela de estai
Parecem amistosos estes indígenas... Sesimbra à vista
Moscatel de honra, banhos e repasto na praia do Cavalo
A tripulação do Hiate de Setúbal: Mestre Pina, Celso Santos, Luís Espada
e João Pina, saúda-vos.
Fotografia aérea by "El Gordo voador"